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As ações internacionais caíram a pique esta segunda-feira, horas depois do anúncio da aquisição do banco Credit Suisse pelo UBS e pelo Swiss National Bank. A compra, no valor de três mil milhões francos suíços (3,04 mil milhões de euros) foi acordada pouco antes da abertura dos mercados financeiros na Nova Zelândia, Austrália e leste da Ásia.

O resgate do Credit Suisse abalou a Suíça, país conhecido por ser um centro bancário e financeiro seguro. As ações deste banco caíram mais de 60% na manhã desta segunda-feira na Bolsa de Valores de Zurique. Já as do UBS caíram mais de 8%.

Estas quedas bruscas seguiram-se a um dia de fortes vendas nos mercados financeiros asiáticos, mas o otimismo inicial dos investidores sobre os esforços para impedir uma crise bancária rapidamente se evaporou.

Em Tóquio, o índice de referência Nikkei 225 caiu esta manhã 1,42%, o equivalente a 388,12 pontos. Já em Hong Kong, as ações do Standard Chartered Plc e do HSBC caíram mais de 6%, para mínimos de mais de dois meses.

Na Europa, o índice bancário caiu 3,2%, o valor mais baixo dos últimos três meses. Depois de abrir a descer, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência e o principal índice, o PSI, baixou 1,50% para 5.638,18 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 1,60%, 0,94% e 1,81%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 2,27% e 2,48%, respetivamente.

O dia começou ainda com o Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, a cair acentuadamente, 2,69%, para 71,06 dólares, enquanto os futuros nos principais indicadores de Wall Street antecipam perdas de mais de 1% esta segunda-feira, numa altura em que se aguarda a reunião da Reserva Federal (Fed) daqui a dois dias.

Apesar da agitação nos mercados, o presidente do banco central da França, François Villeroy de Galhau, considerou esta segunda-feira que os problemas do Credit Suisse e a volatilidade no sistema bancário dos EUA "não afetam os bancos franceses e europeus".

Villeroy, que é também membro do Banco Central Europeu (BCE), elogiou ainda o UBS pela aquisição. "Eles têm modelos de negócios diversificados e lucrativos. Possuem fortes controlos de risco e, acima de tudo, têm bons níveis de liquidez e capital", explicou à rádio France Inter.

O negócio de compra do Credit Suisse, rival do UBS que estava em risco de falência devido a uma crise de confiança irremediável, foi finalizado na noite de domingo.

O Governo suíço ofereceu garantias substanciais para que o negócio prosseguisse, utilizando mecanismos de emergência com o argumento de que o colapso do Credit Suisse poderia gerar uma crise financeira não só a nível interno, mas global.

O UBS concordou em comprar o Credit Suisse por 3.000 milhões de euros, um preço que pagará apenas em ações e que avalia as ações da entidade absorvida em 40% do seu valor no fecho do último dia de negociação.

Os atuais receios dos investidores dizem respeito ao possível impacto da aquisição do Credit Suisse nos detentores de títulos desse banco. A preocupação vem juntar-se às já existentes sobre o estado frágil dos bancos regionais dos EUA e sobre os desafios dos bancos centrais à medida que procuram conter a inflação e os riscos financeiros.

"É claro que, depois de mais de uma semana de pânico bancário e de duas intervenções organizadas pelas autoridades, estes problemas não vão desaparecer. Muito pelo contrário, tornaram-se já globais", alertou Mike O'Rourke, especialista em mercado na Jones.

"A aquisição do Credit Suisse vai provavelmente ampliar os seus problemas ao transferi-los para o UBS".

O casamento forçado dos dois bancos suíços é apoiado por garantias do Governo desse país, que pretende evitar aquele que seria um dos maiores colapsos bancários desde a queda do banco norte-americano Lehman Brothers, em 2008.

"É um dia histórico na Suíça e, francamente, esperávamos que este dia nunca chegasse", declarou o presidente do UBS, Colm Kelleher, após a compra. "Gostaria de deixar claro que, embora não tenhamos iniciado discussões com os nossos acionistas, acreditamos que esta transação é financeiramente atraente para eles", acrescentou.

O CEO do UBS, Ralph Hamers, disse por sua vez que ainda há muitos detalhes a serem acertados. "Sei que ainda deve haver perguntas às quais não fomos capazes de responder", disse. "Entendo e quero pedir desculpa por isso".

Fonte: RTP

 

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Xi Jinping inicia esta segunda-feira uma visita à Rússia à mesa de um almoço informal com o anfitrião, Vladimir Putin. Antes de receber o homólogo chinês em Moscovo, o presidente russo não poupou nos elogios. Xi aventa, por sua vez, que pretende procurar uma "forma racional" de pôr termo à guerra na Ucrânia.

Foi num jornal publicado na China, no domingo, que Putin elogiou o “bom e velho amigo” Xi Jinping e saudou a disponibilidade de Pequim para desempenhar um “papel construtivo” na solução da “crise” ucraniana. O presidente russo escreveu ainda que Rússia tem “grandes esperanças” nesta visita, a primeira do líder chinês a Moscovo desde que Putin lançou o que descreveu como “operação militar especial” na Ucrânia.

“Estamos agradecidos pela linha equilibrada da [China] em relação à situação que ocorre na Ucrânia, por entender os antecedentes e as verdadeiras causas. Saudamos a disposição da China em desempenhar um papel construtivo na resolução da crise”, afirmou Putin na publicação.

Também Xi Jinping deixou uma mensagem, num artigo divulgado pelo Rossiiskaya Gazeta, diário estatal russo, a apelar ao “pragmatismo” para a Ucrânia. A proposta da China para a resolução desta crise, divulgada num documento de 12 pontos, represeta “tanto quanto possível a unidade das opiniões da comunidade mundial”.

Segundo o presidente chinês, esta viagem à Rússia tem como objetivo fortalecer a amizade entre os dois países, “uma parceria abrangente e interação estratégica”, num mundo ameaçado por “atos de hegemonia, despotismo e intimidação”.

Os dois líderes, com uma relação pessoal próxima, têm encontro marcado para esta segunda-feira, seguido de um almoço informal, informou à imprensa internacional o porta-voz do Kremlin.

Ainda de acordo com Dmitry Peskov, depois do encontro “cara a cara”, na terça-feira será o “dia das negociações” e em que os dois líderes vão dar uma conferência de imprensa conjunta.

Esta visita acontece três dias depois de Vladimir Putin ter sido alvo de um mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional, acusado de crimes de guerra. Em comunicado, o TPI acusa o presidente russo de ser "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população e transferência ilegal de população de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”.

A poucas horas do encontro “cara a cara” na Rússia, a presidência chinesa pediu ao Tribunal Penal Internacional que evite "dois pesos e duas medidas" depois de ter sido emitido o mandado contra Putin.

"O Tribunal Penal Internacional deve adotar uma posição objetiva e imparcial, respeitar a imunidade jurisdicional dos chefes de Estado sob o direito internacional", disse Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia chinesa, esta segunda-feira numa conferência de imprensa.

A instituição deve "evitar a politização e a política de duplicidade de pesos", sublinhou ainda.

Recorde-se que Xi Jinping e Putin reuniram-se pela última vez em setembro passado, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), no Uzbequistão. Xi expressou então a Putin “questões e preocupações” sobre a guerra na Ucrânia, de acordo com o presidente russo. A China afirmou ser neutra no conflito, mas um mês antes da invasão, os dois chefes de Estado proclamaram uma “amizade sem limites”, na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim.

A China recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia, mas condenou a imposição de sanções a Moscovo e acusou o Ocidente de provocar o conflito e “alimentar as chamas”, ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

Fonte: RTP

 

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A Comissão Europeia e a presidência sueca do Conselho da União Europeia organizam esta segunda-feira uma conferência de dadores para angariar donativos e coordenar a resposta às áreas da Síria e da Turquia afetadas pelo terramoto de 6 de fevereiro, que matou mais de 50 mil pessoas e deixou um rasto de destruição.

Segundo informação disponível na página oficial da Comissão na internet, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, no âmbito da presidência sueca, organizam uma conferência, em Bruxelas (Bélgica).

“O propósito da conferência de dadores é angariar donativos e coordenar a resposta de auxílio às áreas afetadas nos dois países”, sustenta a informação disponibilizada por Bruxelas, que acrescenta que a conferência vai ser organizada em conjunto com as autoridades turcas.

A conferência vai estar aberta a todos os Estados-membros da União Europeia, assim com “os países vizinhos”, às Nações Unidas, “instituições financeiras e outros atores relevantes”.

Milhares de pessoas ficaram com as habitações totalmente destruídas nas zonas mais afetadas pelo sismo no sudeste da Turquia e no norte da Síria, onde residem muitos refugiados e deslocados do conflito sírio.

De acordo com as Nações Unidas, o Banco Mundial, Bruxelas e o próprio Governo da Turquia, a reconstrução nas áreas afetadas terá um custo aproximado de 94 mil milhões de euros.

Até agora, a Turquia recebeu apenas 16 por cento do financiamento.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lamentou, há duas semanas, a fraca resposta ao apelo de emergência lançado pela ONU em meados de fevereiro.

Desde os sismos a 6 de fevereiro, mais de 2,7 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas por terem ficado destruídas ou fortemente danificadas.

Já a ONG International Rescue Committee (IRC) apelou aos dadores para assegurarem que os apelos sejam totalmente executados e que os fundos cheguem “sem demora” às organizações humanitárias no terreno.

“Mais de um mês após os sismos, a situação nas áreas afetadas continua a ser de desespero. Com muitas casas danificadas ou destruídas, muitas pessoas são ainda obrigadas a dormir em abrigos coletivos que estão sobrelotados e subequipados”, afirmou à AFP Tanya Evans, diretora do IRC na Síria.

Segundo Tanya Evans, “a União Europeia e os seus Estados-membros tencionam assumir compromissos significativos”.

As Nações Unidas estimam que mais de oito milhões de pessoas na Síria necessitem urgentemente de ajuda, incluindo 4,1 milhões de pessoas em áreas controladas pela oposição no norte do país e quatro milhões em áreas controladas pelo Governo de Bashar al-Assad.

Já Anastasia Atassi, do escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, responsável pelos corredores humanitários para a zona afetada pelo terramoto na Síria, lembrou na Antena 1 que esta região está debaixo de fogo há mais de uma década e que este terramoto é mais um de vários episódios dramáticos.

Anastasia Atassi que trabalha na Síria, mas vive na Turquia, fala de um país fortemente destruído pelo terramoto, mas realça que o Governo turco e a ajuda internacional estão a trabalhar na reconstrução das zonas afetadas.

Fonte: RTP

 

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A primavera começa hoje com previsões de céu geralmente pouco nublado e temperaturas a oscilar entre os 17 e os 24 graus Celsius em Portugal continental, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O equinócio de primavera começa às 21:24 horas (hora de Lisboa).

As previsões do IPMA para este primeiro dia de primavera são, para Portugal continental, de céu geralmente pouco nublado, tornando-se muito nublado no Minho e Douro Litoral no fim do dia.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para o quadrante oeste a partir da tarde, e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, em especial do litoral oeste.

As previsões apontam ainda para uma pequena subida da temperatura.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 4 graus Celsius (em Bragança) e os 12 (em Faro) e as máximas entre os 17 (em Viana do Castelo) e os 24 (em Évora e Beja).

Para o arquipélago da Madeira está previsto céu geralmente muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde, e possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos, em especial nas vertentes norte e nas terras altas e até final da manhã.

Está ainda previsto vento fraco a moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, em especial a partir da tarde.

Nos Açores, para os grupos ocidental (Flores e Corvo) e central (S. Jorge, Faial, Pico, Graciosa e Terceira) o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, chuva fraca ou chuvisco a partir da tarde, condições favoráveis à formação de neblinas e vento oeste bonançoso a moderado.

No grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento oeste bonançoso a moderado, rodando para sudoeste para o fim do dia.

No dia 21 de junho, a primavera dá lugar ao verão.

Fonte: RTP

 

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Esta sexta-feira é dia de greve nacional da Administração Pública. A ação de protesto foi convocada pela Frente Comum, que reivindica aumentos imediatos de salários. A paralisação abarca serviços da educação, saúde, finanças, Segurança Social e autarquias.

Além dos aumentos salariais, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP, exige ainda a fixação de limites máximos para os preços de bens e serviços, a valorização de carreiras e o reforço dos serviços públicos.

Os efeitos desta greve começaram a fazer-se sentir às 0h00 nos hospitais e na recolha do lixo, como constatou a RTP no terreno.

Ao início da manhã, junto ao Arsenal do Alfeite, em Almada, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, afirmou que a estrutura escolheu aquele local para a primeira conferência de imprensa do dia porque se trata de "um exemplo do desinvestimento nos serviços públicos".

"Os portugueses vão ter um dia difícil, hoje. Este dia difícil resulta de uima grande mobilização dos trabalhadores em torno da defesa do reforço dos serviços públicos. É por isso que hoje vamos assistir a muitos serviços fechados", antecipou.

Também ouvida pela equipa de reportagem da RTP em Almada, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, afirmou que "os trabalhadores estão convocados para dois dias de luta".

"No sábado, dia 18 de março, vamos ter uma grande manifestação em Lisboa em que trabalhadores do sector público, do sector privado, do sector empresarial do Estado podem trazer para a rua as suas reivindicação e esta prioridade que temos neste momento, de topo, que é o aumento geral dos salários e das pensões", acentuou Isabel Camarinha.

"Há todas as condições no nosso país para ter uma vida digna para todos", sustentou ainda a secretária-geral da central sindical.

"Poderá ser um dia difícil para muitos, hoje, no nosso país, que precisam de recorrer aos serviços públicos. Mas os trabalhadores da Administração Pública estão a defender a resposta às suas reivindicações, mas estão a defender uma coisa que é essencial para todos nós, que é termos serviços públicos de qualidade, que o Estado tem obrigação de garantir e que, com o desinvestimento e o subfinanciamento que tem existido, não estão a ser garantidos", completou.

Fonte: RTP

 

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Continuam os protestos contra a reforma do sistema de pensões em França. Esta sexta-feira de manhã, os sindicatos organizaram um bloqueio das ruas em Paris, após uma noite de manifestações espontâneas, e pelo menos 310 pessoas foram detidas em todo o país.

A polícia de Paris entrou em confronto com os manifestantes depois de o Governo francês ter anunciado, na quinta-feira, que ia em frente com as reformas previdenciárias sem votação no Parlamento, ou apoio popular. A primeira-ministra Élisabeth Borne invocou o artigo 49:3 da Constituição francesa, que permite ao Governo evitar uma votação na Assembleia.

Após o anúncio do aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos, foram muitas as multidões que se juntaram na Place de la Concorde.

“A oposição é legítima, as manifestações são legítimas, a banalização não”, declarou esta sexta-feira o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, em entrevista à RTL. “As praças das igrejas e aldeias não são ZAD [Zona a Defender é um neologismo usado para referir uma ocupação militante que visa bloquear fisicamente um projeto de desenvolvimento]”.

Esta sexta-feira de manhã, centenas de pessoas com faixas e emblemas da Confederação Geral do Trabalho (CGT) ocuparam e bloquearam a via de circunvalação de Paris junto à Porta de Glignancourt, desde as 07h00, provocando congestionamentos.

"Isso não deve ser feito. Existem instrumentos democráticos de reivindicação", criticou ainda o ministro do Interior, insistindo que as autoridades permitiram as manifestações, sem incidentes, durante todo o movimento contra a reforma das pensões.

Darmanin indicou também que pelo menos 310 pessoas foram detidas na quinta-feira à noite nas manifestações espontâneas contra a reforma do sistema de pensões, incluindo 258 em Paris. Alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia ao início da noite de quinta-feira e foi ateado um incêndio no meio da Place de la Concorde, o que levou as forças de segurança a atuar e a disparar gás lacrimogéneo.

Várias cidades do país foram palco de protestos nas últimas 24 horas, incluindo Marselha, Nantes, Rennes e Lyon. De acordo com o ministro, em Rennes, Albi, Marselha e Paris, alguns dos manifestantes tentaram mesmo atacar edifícios públicos e escritórios de representação de políticos do bloco que apoia o presidente Emmanuel Macron.

A medida causou muita contestação entre os políticos da oposição, tendo alguns cantando La Marseillaise e erguido cartazes de protesto no Parlamento.O chefe da CGT para o setor ferroviário, Laurent Brun, disse esta sexta-feira em entrevista à rádio France Info que o objetivo é “paralisar a economia” e para isso as greves devem multiplicar-se.

"Contra os bloqueios do Governo, os pontos de bloqueio estão a multilicar-se", indica a entidade sindical num comunicado de imprensa.

“A ação de hoje insere-se nesta dinâmica de mobilização e ação”.

Toda a direita e toda a ala esquerda da Assembleia Nacional francesa pediram, na quinta-feira, a demissão do Governo, após a aprovação forçada da reforma do sistema de pensões, prometendo apresentar três moções de censura nas próximas 24 horas. A líder do partido de esquerda La France Insoumise (LFI), Mathilde Panot, escreveu no Twitter que Macron mergulhou o país numa crise política, sem legitimidade parlamentar ou popular.

A intersindical que luta contra a reforma do sistema de pensões em França já convocou concentrações para este fim de semana e um nono dia de greve e manifestações para 23 de março.

O Governo francês recorreu a um artigo da Constituição francesa, que prevê que uma lei possa ser aprovada sem passar pela Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento), para aprovar a lei de reforma do sistema de pensões.

Entre os artigos mais polémicos desta nova lei está o aumento da idade da reforma para 64 anos ou 43 anos de descontos, mas também o fim dos regimes especiais existentes para os trabalhadores dos transportes, da energia ou mesmo do Banco de França, assim como a adoção de um contrato especial para promover o emprego de pessoas com mais de 60 anos.

Fonte: RTP

 

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O presidente chinês, Xi Jinping, vai visitar a Rússia na próxima semana, entre os dias 20 e 22 de março, confirmaram esta sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China e o Kremlin, que anunciou também, desde já, a assinatura de uma declaração sobre o advento de uma "nova era" das relações bilaterais.

"A convite do presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o presidente Xi Jinping vai realizar uma visita de Estado à Rússia, entre 20 e 22 de março", adiantou o Ministério chinês em comunicado.

Segundo Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, aquela que será a primeira deslocação de Xi Jinping a solo russo em quase quatro anos visará, em parte, promover “a paz”. Todavia, da capital chinesa não sai qualquer referência direta à guerra na Ucrânia: o mesmo porta-voz apontou para uma lacónica troca de impressões sobre importantes temas regionais e internacionais, o robustecimento da “confiança bilateral” e o aprofundamento das “parcerias económicas”.
Xi Jinping e Vladimir Putin avistaram-se pela última vez em setembro, no Uzebequistão, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai.

A visita do líder chinês a Moscovo acontece depois de Pequim ter divulgado, no mês passado, um plano de 12 pontos tendo em vista uma “resolução política para a crise da Ucrânia”, olhando à proteção das populações civis e ao respeito mútuo pela soberania. Iniciativa rapidamente desvalorizada pela generalidade das chancelarias ocidentais.

Estados Unidos e demais aliados da NATO questionam a credibilidade do plano chinês, uma vez que este não é acompanhado por uma clara condenação, por parte de Pequim, da invasão da Ucrânia, que continua a ser classificada pelo Kremlin como uma “operação militar especial”.

Em comunicado, a Presidência russa veio entretanto sinalizar que Xi Jinping e Vladimir Putin se preparam para debater “tópicos de desenvolvimento de relações alargadas de parceria e cooperação estratégica entre a Rússia e a China”. Quanto à situação da Ucrânia, Moscovo saúda o que considera ser "a contenção" da China.

China e Rússia proclamaram, em fevereiro de 2022, dias antes da invasão da Ucrânia, uma parceria “sem limites”. Desde então, os laços bilaterais têm sido sucessivamente reforçados, com as trocas comerciais entre os dois países em aceleração – recorde-se que a China é maior importador do petróleo russo.

No atual contexto da guerra, o espaço para quaisquer negociações mediadas é praticamente inexistente: Moscovo insiste que Kiev deve anuir à anexação de quatro regiões do leste e do sul da Ucrânia, a somar à Crimeia, península do Mar Negro ocupada em 2014; o Governo ucraniano só aceita conversações se houver a garantia, à partida, de uma retirada russa para lá da linha de fronteira que resultou do colapso da União Soviética, em 1991.

Fonte: RTP

 

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O Benfica defrontará o Inter nos quartos de final da Liga dos Campeões, conforme ditou o sorteio realizado ao final da manhã desta sexta-feira, em Nyon, na Suíça.

O Benfica ficou conhece o adversário nos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, num sorteio, sem restrições, em que lhe coube em sorte defrontar o Inter.

Patrick Kluivert, ex-jogador holandês, participou na cerimónia. Foi o jogador mais jovem de sempre a marcar numa final da "Champions" (pelo Ajax), com 18 anos, 10 meses e 23 dias. Foi em 1995, contra o Milan, em Viena. "O Nápoles está a ser uma surpresa", considerou Kluivert sobre a edição deste ano.

Hamit Altintop, ex-futebolista turco, foi o outro convidado a participar no sorteio. O antigo médio lembrou o sismo que recentemente abalou o seu país: "Agradeço o apoio da comunidade europeia à Tuquia, depois do que passámos. Continuem com o vosso apoio, por favor."

A representar o Benfica em Nyon, na Suíça, esteve Simão Sabrosa, ex-jogador dos encarnados e atual diretor de relações internacionais.

Eis o resultado do sorteio:

Real Madrid-Chelsea

Inter-Benfica*

Manchester City-Bayer Munique

Milan-Nápoles

* O Benfica vai jogar primeiro em casa porque o Inter partilha o estádio com o Milan e os "rossoneri" - que também começam na condição de visitados têm prioridade, por serem campeões italianos.

Resultado do sorteio das meias-finais:

- Vencedor do Milan-Nápoles-vencedor do Inter-Benfica*

- Vencedor do Real Madrid-Chelsea-vencedor do Manchester City-Bayern Munique

A formação comandada pelo alemão Roger Schmidt joga o primeiro jogo no Estádio da Luz, em Lisboa, em 11 ou 12 de abril, e o segundo em San Siro, em 18 ou 19 do mesmo mês.

Os encarnados, bicampeões europeus em 1960/61 e 1961/62, nunca ultrapassaram os quartos de final na "era Champions" (desde 1992/93), fase em que "tombaram" por cinco vezes, em 1994/95 (AC Milan), 2005/06 (FC Barcelona), 2011/12 (Chelsea), 2015/16 (Bayern Munique) e 2021/22 (Liverpool).

A final joga-se em Istambul, a disputar a 10 de junho no Olímpico Atatürk.

Fonte: RTP

 

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O Sporting defronta a equipa da Juventus nos quartos de final da Liga Europa de futebol, conforme o sorteio realizado ao início da tarde, desta sexta-feira, na sede da UEFA, em Nyon.

O Sporting ficou a conhecer o adversário nos quartos de final da Liga Europa de futebol, num sorteio, sem restrições, em que lhe coube em sorte defrontar a Juventus.

Zoltán Gera, ex-futebolista húngaro, foi o convidado a ajudar no sorteio.

Eis o quadro completo do sorteio:

Manchester United-Sevilha

Juventus-Sporting

Bayer Leverkusen-Union SG

Feyenoord-AS Roma

Depois do empate 2-2 na primeira mão dos oitavos de final, em Lisboa, a formação comandada por Rúben Amorim surpreendeu o Arsenal na segunda mão, em Londres, alcançando nova igualdade, desta vez 1-1, para depois vencer por 5-3 no desempate por grandes penalidades e apurar-se para a fase seguinte.

O "onze" de Rúben Amorim joga o primeiro jogo em Turim, em 13 de abril, e o segundo no Estádio José Alvalade, em Lisboa, no dia 20 do mesmo mês.

Os verde e brancos, vencedores da Taça das Taças em 1963/64, somam duas presenças nos "quartos", que ultrapassaram em 2011/12, perante os ucranianos do Metalist Kharkiv, e nos quais "tombaram" em 2017/18, face ao Atlético de Madrid.

Seguiu-se o sorteio das meias-finais que ditou os seguintes desfechos:

- Vencedor do Juventus-Sporting vs vencedor do Manchester United-Sevilha

- Vencedor do Feyenoord-Roma vs Bayer Leverkusen-Saint-Gilloise

A final está marcada para 31 de maio, na Puskas Arena, em Budapeste.

 

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O Vaticano e a Grécia estabeleceram um entendimento para a devolução de três fragmentos de esculturas do Partenon com 2.500 anos, que estão na coleção dos Museus do Vaticano há perto de dois séculos. Com este acordo, a pressão aumenta sobre peças clássicas gregas integradas na coleção do Museu Britânico.

A assinatura oficial entre Vaticano e Grécia diz respeito a três fragmentos com 2.500 anos, que representam as cabeças de um menino, um homem e um cavalo. O processo culminou no Vaticano, na semana passada, mas as negociações foram anunciadas em dezembro de 2022.

Os fragmentos devem ser entregues oficialmente às autoridades gregas a 24 de março na capital Atenas, informou o Estado Pontifício. Com a doação para a Grécia, os Museus do Vaticano não possuem mais nenhuma parte do Partenon.

A Grécia apela a outras entidades para que sigam este exemplo, desencadeando uma maior pressão, nomeadamente sobre o Reino Unido, para devolverem obras de arte e objetos arqueológicos a Atenas.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, questionado sobre o assunto, afirmou na segunda-feira que o Museu Britânico não tem planos para devolver os mármores do Partenon à Grécia, classificando-os como um "grande trunfo" para o país.

“O Reino Unido cuida dos Mármores de Elgin desde há várias gerações”, declarou Sunak aos jornalistas. “As nossas galerias e museus são financiados pelos contribuintes porque são um grande património para este país”.

“Partilhamos os seus tesouros com o mundo e o mundo vem ao Reino Unido para vê-los. A coleção do Museu Britânico é protegida por lei e não temos planos de alterá-la”, acrescentou.

As esculturas do século V a.C. são na maioria remanescentes de um friso de 160 metros de comprimento que circundava as paredes externas do Templo do Partenon na Acrópole, dedicado a Atena, deusa da sabedoria.

O Museu Britânico é responsável pela conservação e gestão de coleções como a dos Mármores do Partenon - também conhecidos como Mármores de Elgin -, composta por alguns dos maiores exemplos da escultura grega antiga.

Os elementos arquitetónicos estão exibidos ao público desde 1832, depois de terem sido retirados do monumento da Acrópole grega pelo diplomata britânico Lord Elgin, quando era embaixador no momento em que o Império Otomano governava a Grécia.

As declarações de Sunak precedem o mesmo sentido das opiniões de Liz Truss e Boris Johnson, anteriores governantes britânicos.

De acordo com o matutino Kathimerini, o Ministério grego da Cultura deixa claro o desagrado: “Repetimos, mais uma vez, a posição firme do nosso país de que não reconhece a jurisdição, posse e propriedade das esculturas do Museu Britânico, por serem produto de roubo”.

Mas os organizadores da campanha Projeto Parthenon, apoiada por políticos britânicos de diferentes partidos, avançaram com uma opção para resolver a disputa de longa data.

De acordo com o grupo de trabalho citado na Reuters, mesmo que os dois lados não cheguem a um acordo sobre quem é o dono das esculturas, a coleção Partenon que está sob tutela do Museu Britânico pode ser devolvida à Grécia mediante um acordo de parceria cultural de longo prazo.

As peças atualmente em solo londrino seriam reunidas com os artefatos da Grécia no Museu da Acrópole, em Atenas, "como um trabalho artístico completo consistente com a visão de seus criadores", disse o grupo de campanha.

Os planos, que foram discutidos com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis e o presidente do Museu Britânico, George Osborne, assentariam numa rotação de obras-primas gregas oferecidas ao Museu Britânico, incluindo algumas que nunca foram expostas fora da Grécia.

Os defensores do Projeto Parthenon argumentam que o acordo seria baseado na "aceitação de ambos os lados de que essa parceria cultural é possível, apesar da ausência de uma posição partilhada sobre a propriedade da Coleção Partenon".

As premissas omitidas possibilitariam contornar a exigência de uma mudança na lei para permitir que o Museu Britânico se desfizesse dos artefactos.

Osborne, que alinha com Sunak, relativizou a perspetiva de uma devolução permanente das peças museológicas, citando os possíveis obstáculos legais. Sugeriu, entretanto, um acordo que permita que as obras de arte possam ser vistas tanto em Londres como em Atenas, mas reitera que os Mármores do Partenon permanecerão na coleção da instituição britânica.

Fonte: RTP

 

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O Banco Nacional da Suíça prepara-se para emprestar até 50 mil milhões de francos suíços, o equivalente a 50,7 mil milhões de euros, ao Credit Suisse. O empréstimo foi anunciado nas últimas horas por esta instituição financeira, que viveu um dia negro na bolsa, perdendo um quarto do valor.

Aquele que é o segundo maior banco da Suíça anunciou, em simultâneo, uma série de operações para reaquisição de dívida, num montante de cerca de três mil milhões de francos suíços, ou 3,04 mil milhões de euros.

"Estas medidas são um movimento decisivo para fortalecer o Credit Suisse enquanto continuamos a nossa transformação estratégica para criar valor para os nossos clientes e outras partes interessadas", afirma o CEO do banco, Ulrich Koerner, citado em comunicado.

A notícia do empréstimo de curto prazo é conhecida horas depois de o Banco Nacional da Suíça e o supervisor financeiro do país - Finma - terem vindo a terreiro garantir o fornecimento de liquidez ao Credit Suisse, em caso de necessidade, face ao que é descrito como o pior momento do banco em 167 anos.

As ações do Credit Suisse desvalorizaram-se, na quarta-feira, para um patamar abaixo de dois francos suíços, ou 2,03 euros.

As bolsas europeias sofreram, por arrasto, fortes quedas por causa das dificuldades do banco suíço.
Banco Nacional da Suíça e Finma quiseram enfatizar, ainda assim, que "a atual turbulência no mercado bancário norte-americano não sugere que haja risco de contágio direto para os estabelecimentos suíços".

O Departamento do Tesouro norte-americano já adiantou estar a "monitorizar a situação e em contacto com os seus homólogos internacionais". E em França a primeira-ministra, Elisabeth Borne, exortou as autoridades helvéticas a dar resposta às dificuldades do Credit Suisse.

Em 2021, as perdas do Credit Suisse foram de 1,57 mil milhões de francos suíços (1,6 mil milhões de euros). No ano passado, quase quintuplicaram para 7,29 mil milhões de francos (7,4 mil milhões de euros); o banco registou, por outro lado, levantamentos de liquidez na ordem dos 123,2 mil milhões de francos suíços (126 mil milhões de euros).

Com o aumento de capital concretizado no outono, o Banco Nacional Saudita tornou-se o maior acionista do Credit Suisse. Para tal, investiu 1,5 mil milhões de francos suíços (1,53 mil milhões de euros).

O presidente do Banco Nacional da Arábia Saudita, Ammar al Khudairy, deixou claro, também na quarta-feira, que a instituição não pretende incrementar o investimento. Afirmação que potenciou ainda mais a queda das ações em bolsa.

Depois do anúncio do empréstimo do banco central, as ações do Credit Suisse estavam, na manhã desta quinta-feira, a recuperar.

Fonte: RTP

 

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Os enfermeiros que trabalham no setor da saúde privada estão em greve entre as 8h00 e a meia-noite desta quinta-feira.

São mais de quatro mil enfermeiros de 75 instituições privadas de Saúde que estão abrangidos por contrato coletivo de trabalho.

Queixam-se de impasse nas negociações por melhores condições laborais, explica o enfermeiro Rui Marroni.

Estes profissionais reivindicam 35 horas semanais, como no setor público, atualização salarial e maior compensação para quem trabalha por turnos.

Fonte: RTP

 

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O chefe do Estado-Maior da Armada esteve esta quinta-feira a bordo do navio Mondego, na Madeira, que falhou uma missão de acompanhamento de um navio russo. O almirante Gouveia e Melo lamentou o que descreveu como um "inadmissível" ato de disciplina e garantiu que este não será esquecido.

O chefe do Estado-Maior da Armada quis deixar claro, em declarações aos jornalistas, que "este ato vai ficar registado na nossa história, porque um ato de insubordinação nas Forças Armadas é um ato com uma gravidade muito grande”.

“A disciplina nas Forças Armadas é a essência das Forças Armadas", frisou. "A hierarquia existe porque há necessidade de disciplina, não é o contrário”.

Criou-se as hierarquias, explicou Gouveia e Melo, "porque há necessidade de as forças militares, que trabalham sob stress, em risco de vida e em sistemas complexos, serem altamente disciplinadas".

Quando é quebrada a disciplina, "estamos a quebrar basicamente a essência das Forças Armadas".

"E nós não podemos permitir isso. E muito menos eu, enquanto comandante da Marinha, vou permitir que isto se alastre ou que possa passar despercebido”.

“Por isso eu não posso esquecer”, ressaltou.

Questionado se este ato podia ser o fim da carreira destes militares, Gouveia e Melo recusou-se a “fazer julgamentos precipitados” e afirmou que está na Madeira para mostrar “que não é admissível atos de indisciplina”.

“O ato de indisciplina responde perante duas coisas: uma é regulamento de disciplina militar (…); e outra é perante as leis do país. Há leis que não permitem a indisciplina militar e não sou eu que as vou julgar”.

“Face ao ruído externo, fiz questão e mandar uma inspeção independente”, acrescentou Gouveia e Melo. Tratou-se, explicou, de avaliar se tinha havido algum erro na cadeia de comando.

E adiantou: “O navio não está nas melhores condições, mas os navios militares, face às suas redundâncias, operam mesmo com limitações”.

O chefe do Estado-Maior da Armada afirmou também que o caso dos 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego, incumprindo uma missão, vai ser notado pelos aliados portugueses.

“Não manchará, certamente, a nossa reputação, mas será notado pelos nossos aliados, isso tenho a certeza absoluta”, disse Gouveia e Melo à saída do NRP Mondego, no Porto do Funchal, depois de se ter dirigido à guarnição do navio, onde estavam os 13 elementos que se recusaram a embarcar no sábado.

Fonte: RTP

 

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Rede "non grata"

16.03.23

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A medida repete-se: o TikTok deverá ser também banido dos smartphones dos ministros e funcionários do Governo britânico. Depois de os Estados Unidos e a União Europeia terem restringido o acesso à rede social, agora o Reino Unido está a ponderar proibir a utilização por pessoas próximas do Executivo de Rishi Sunak, por razões de "segurança governamental", avança a imprensa britânica.

A aplicação chinesa tem sido acusada de permitir o acesso das autoridades chinesas aos dados dos utilizadores. A empresa nega tal acusação, mas já vários governos ocidentais começaram a tomar medidas.

Em recente visita aos Estados Unidos, o primeiro-ministro britânico afirmou à imprensa que leva “a sério” a segurança dos dispositivos.

“Também temos visto o que os nossos aliados estão a fazer”, acrescentou.

Já no fim de semana, o Sunday Times revelou que o Governo estaria a ser recomendado por especialistas em cibersegurança a banir o TikTok. E de acordo com a BBC, o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido está a avaliar se a aplicação deve ser mesmo banida dos telefones dos funcionários do Governo.

O Parlamento do Reino Unido fechou a conta do TikTok em agosto de 2022 e a página Downing Street TikTok não é atualizada desde que Boris Johnson deixou o lugar de primeiro-ministro, em setembro passado. Contudo, há membros do atual Governo que ainda usam a aplicação. O secretário de Energia Grant Shapps, por exemplo, atualizou recentemente o perfil da conta pessoal.

Em dezembro os EUA proibiram o TikTok nos dispositivos oficiais e, a 23 de fevereiro deste ano, a Comissão Europeia seguiu o mesmo exemplo. Entretanto, o Governo norte-americano pediu à proprietária do TikTok, a empresa chinesa ByteDance, que venda as suas ações na popular rede social para que não seja banida de vez dos Estados Unidos, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal.

A ligação da aplicação à ByteDance é o que preocupa as autoridades norte-americanas, que temem que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública. O TikTok nega estas intenções, mas as tensões entre os dois países e, recentemente, a passagem de um alegado “balão-espião” chinês sobre os EUA, fizeram regressar os apelos para que a postura norte-americana permaneça firme contra a China.

Segundo fontes do WSJ, o ultimato da Casa Branca foi feito pelo Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), órgão governamental responsável por avaliar os riscos de qualquer investimento estrangeiro para a segurança nacional norte-americana.

A China, por seu lado, tem pedido aos Estados Unidos que parem com os "ataques injustificados" ao TikTok.

Washington, “até agora, não forneceu provas de que o TikTok ameace a segurança nacional dos Estados Unidos”, reagiu quarta-feira um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

“Os Estados Unidos devem parar de espalhar informações falsas sobre questões de segurança de dados, interromper ataques injustificados [contra o TikTok] e fornecer um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório” para empresas estrangeiras.

Apesar dos apelos norte-americanos, para que o TikTok seja vendido a outra empresa, a entidade desvalorizou referindo que isso não ajuda a proteger a segurança nacional norte-americana.

"Se proteger a segurança nacional é o objetivo, o desinvestimento não resolve o problema. Uma mudança de propriedade não vai impor quaisquer novas restrições ao fluxo ou acesso aos dados", disse a porta-voz da TikTok.

"A melhor forma de lidar com as preocupações sobre a segurança nacional é com a proteção transparente, baseada nos EUA, dos dados e sistemas de utilizadores dos EUA, com monitorização, verificação e controlo robustos de terceiros, que já estamos a implementar", acrescentou Maureen Shanahan, citada pelas agências de notícias internacionais, esta quarta-feira.

A declaração surgiu em resposta à reportagem do Wall Street Journal.

No final de fevereiro, a Casa Branca deu a todas as agências federais 30 dias para eliminar a TikTok de todos os dispositivos governamentais. O Departamento de Administração e Orçamento da Casa Branca considerou a diretriz um "passo crítico na abordagem dos riscos apresentados pela aplicação a dados sensíveis do Governo".

Algumas agências governamentais, incluindo os departamentos da Defesa, da Segurança Interna e do Estado, já implementaram restrições.

Fonte: RTP

 

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O Sporting tenta atingir os quartos de final da Liga Europa de futebol, defrontando fora o Arsenal, líder da Liga inglesa, após uma igualdade a dois golos em Alvalade.

Em Lisboa, os "leões" ainda conseguiram virar o resultado, por Gonçalo Inácio (34 minutos) e Paulinho (55), em resposta ao tento inaugural de Saliba (22), mas Morita fez, na própria baliza, a igualdade (62).

Para este encontro, o treinador do Sporting, Rúben Amorim, não vai poder contar com os castigados Coates e de Morita, sendo que Bellerín, lesionado, deve falhar o regresso ao Emirates Stadium.

Na conferência ee imprensa de antevisão da partida o treinador Rúben Amorim teceu muitos elogios ao adversário, falando num "jogo de elevado grau de dificuldade. Estou à espera de um jogo muito difícil, de uma equipa que vai entrar com outra velocidade que não em Alvalade, que já nos conhece e percebe melhor, vai mudar a abordagem. Vamos tentar fazer melhor que em Alvalade. Vejo com elevado grau de dificuldade. Temos ambição, queremos fazer o nosso jogo, ter bola. Mas é o que o jogo ditar. Sabemos que jogam até aos 98 ou 128 minutos. A grande responsabilidade está do lado do Arsenal e podemos jogar com isso. É bom começar um bocadinho com bola, se for possível".

A acompanhar o técnico o avançado Paulinho começou por dizer: "Dentro do grupo toda a gente tem voz e pode ajudar. O Sporting vai se apresentar com ambição e acreditar que é possível vencer aqui para passar" e lamentou a ausência de Coates (castigado) por "ser capitão e fazer sempre falta dentro e fora do campo. Jogar fora ou em casa é diferente. Temos o nosso setor completamente cheio com os adeptos. O Arsenal tem um plantel que independentemente de quem jogar terá sempre muita qualidade. Cabe-nos a nós contrariar essa qualidade e fazer um jogo igual ou melhor do que em Alvalade", frisou.

Os "leões" empataram a zero na única visita ao Emirates, para a quarta jornada da fase de grupos da Liga Europa de 2018/19, e procuram repetir a presença nos "quartos" de 2011/12 e 2017/18.

O encontro entre "gunners" e "leões" está marcado para as 20h00 e terá arbitragem do espanhol Mateu Lahoz.

Fonte: RTP

 

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Portugal e Espanha assinaram esta quarta-feira 11 acordos em várias áreas. Da cultura à saúde, à coesão territorial, à justiça ou à educação, os primeiros-ministros dos dois países ibéricos descreveram um "excelente momento" das relações bilaterais, ao cair do pano sobre a 34ª Cimeira Luso-Espanhola, em Lanzarote.

Numa declaração conjunta, no final do encontro entre os dois primeiros-ministros, acompanhados de vários membros dos respetivos executivos, Portugal e Espanha mostraram que as relações entre os dois países estão fortes.

"Mais uma vez, a Cimeira serviu para evidenciar o excelente momento das relações entre Portugal e Espanha, num contexto internacional complexo, marcado pela agressão da Rússia à Ucrânia, que continua a desafiar todo o continente europeu", lê-se na declaração final.

A declaração tem 66 pontos e nela estão alinhados vários interesses ibéricos, desde a participação na União Europeia e na NATO às relações da Europa com África e América Latina.

Existirá um intercâmbio cultural entre os dois países que quer promover estágios e trabalhos de investigação em pequenos municípios de ambos os lados da fronteira.

Foram criadas também as bases para o prémio Magalhães-Elcano, que comemora os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação.

Em conferência conjunta, António Costa afirmou que um dos marcos importantes desta cimeira, é a organização de uma iniciativa que visa “simbolizar” as “tradições democráticas” do período de 1974 e 1976 na Península Ibérica. Com uma programação conjunta, entre Portugal e Espanha, entre 2024 e 2025, esta iniciativa servirá como “uma homenagem à cultura” e um “tributo a Saramago”.

Recordando que o contexto da guerra na Ucrânia tem “fechado a Europa muito sobre si própria”, o primeiro-ministro português salientou que é, “mais do que nunca, importante sublinhar e enfatizar” a dimensão atlântica.

Em tom de conclusão, António Costa deixou o convite a Pedro Sánchez para que “no próximo ano tenhamos uma nova cimeira, desta vez em Portugal”, com o desafio de encontrar um “local tão especial, tão mágico” como Lanzarote.

“Esta dimensão está, desde logo, assinalada com a criação do prémio internacional Magalhães Elcano”, continuou, desejando que seja “uma nova oportunidade para que a União Europeia dê um novo impulso à sua política comercial”, designadamente através de acordos com o México, o Chile e, talvez, o do Mercosul.

Ao longo dos últimos anos, a experiência tem mostrado que “trabalhando em conjunto temos contribuído, não só para resolver problemas ibéricos, mas também problemas europeus”.

“Foi assim que conseguimos construir a solução ibérica para conter o impacto da subida do preço do gás no preço da eletricidade”, especificou Costa. “Estou certo que, dando continuidade ao que acordamos em Viana do Castelo, para dar prioridade a um esforço conjunto para reindustrialização verde (…), nós iremos ajudar a reforçar as nossas economias mas também a reforçar a autonomia estratégica da Europa”.

Espanha vai assumir a presidência da União Europeia ainda este ano e Pedro Sánchez diz querer manter boas relações com o “irmão português” para que tudo corra bem. O primeiro-ministro espanhol falou sobre os acordos entre os dois países, considerando mesmo a Cimeira de Lanzarote tão “frutífera” como a de Viana do Castelo.

“Onze acordos assinados, ligados a infraestruturas, justiça, escolas de fronteira, educação superior, a formação, a economia social, a resistência antimicrobiana e desenvolvimento da programação cultura. Estes são alguns exemplos de que os nossos ministérios trabalham diariamente”.

Realçando a colaboração bilateral entre Portugal e Espanha, Sánchez lembrou os projetos em comum para promover as energias renováveis, com o objetivo de tornar a Península Ibérica numa potência em matéria de energias limpas, dando uma resposta eficaz às alterações climáticas.

“Também melhorámos as nossas relações comerciais em 2022, que ultrapassaram os 48 mil milhões de euros e, como disse antes, temos de avançar ainda mais neste âmbito bilateral”, continuou Sánchez.

“Queremos preservar o mercado único [na União Europeia] e garantir a igualdade em todas as economias europeias. Ambos os governos estão comprometidos com a transição energética que coloca a União Europeia no topo da luta contra as alterações climáticas”.

Pedro Sánchez lembrou que a União Europeia deve continuar a promover alianças por todo o mundo, especialmente na Europa.

O primeiro-ministro espanhol lembrou, no fim da sua intervenção, José Saramago, que vivia e morreu em Lanzarote, como ponte entre os dois países ibéricos.

Fonte: RTP

 

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O Governo autorizou a Marinha a proceder a uma despesa de 39 milhões de euros, entre 2023 e 2025, para adquirir serviços de manutenção de navios e "reparação e aquisição de sobressalentes".

A decisão consta de uma resolução do Conselho de Ministros de 2 de março e que foi publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Os 39 milhões (aos quais acresce o imposto sobre o valor acrescentado, IVA) destinam-se à manutenção dos navios de patrulha oceânica da classe Viana do Castelo e das fragatas das classes Vasco da Gama e Bartolomeu Dias.

De fora desta verba está a manutenção do NRP Mondego que, no sábado, não cumpriu uma missão de acompanhamento de um navio russo após 13 militares se terem recusado embarcar invocando razões de segurança. É um navio patrulha que pertence à classe Tejo.

“No sentido de ser assegurada essa operacionalidade e o necessário grau de prontidão, a Marinha necessita de proceder a um rigoroso planeamento”, refere a resolução assinada pelo primeiro-ministro. Neste âmbito, “inclui o planeamento das ações de manutenção, reparação e aquisição de sobressalentes”, num “planeamento a vários anos”.

Operações que cabem à Arsenal do Alfeite, S. A.. Nesta resolução, refere-se que “é indispensável para a sustentação e operação dos navios da Marinha” que sejam adquiridos, para 2023, 2024 e 2025, bens e serviços que incluem “docagens, revisões intermédias e pequenas revisões, material de estaleiro necessário aos trabalhos”, assim como “serviços de reparação inopinada de natureza eventual e urgente”.

Dos 39 milhões autorizados, o gasto não pode exceder em cada ano económico de 13 milhões de euros, a não ser que transite saldo do ano anterior.

Esta resolução foi publicada um dia depois de ter sido noticiado que no sábado passado 13 militares se recusaram a embarcar no NRP Mondego para uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira.

Os militares invocavam várias limitações técnicas para a recusa, entre as quais o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais.

Depois deste caso, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que é necessário um reforço da manutenção nas Forças Armadas.

Fonte: RTP

 

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Christine Ourmiéres-Widener, ainda presidente executiva da TAP, foi notificada de que terá dez dias para falar sobre a sua demissão, anunciada a 6 de março pelo ministro das Finanças, Fernando Medina. Também Manuel Beja terá oportunidade de se pronunciar sobre a saída da companhia aérea.

A notificação foi comunicada pela companhia aérea à CMVM, depois de receber um ofício da Direção-Geral do Tesouro e Finanças sobre a decisão do Estado em despedir tanto Christine Ourmiéres-Widener como Manuel Beja.

De acordo com o comunicado, Widener e Manuel Beja "dispõem do prazo de pronúncia em sede de audiência prévia de dez dias úteis, findos os quais será adotada a decisão final". Depois haverá uma deliberação do Estado sobre o que disserem a presidente executiva e o presidente do Conselho de Administração.

Fernando Medina apontou que "haverá uma assembleia-geral, haverá o pronunciamento dos próprios, haverá nova assembleia-geral, e já está em tempo apontado e do conhecimento de todos quem será o novo CEO da empresa, para que não se gere nenhuma ambiguidade nem nenhum interregno, e a TAP regressará ao normal funcionamento dos seus órgãos de administração muitíssimo em breve, com uma situação que já é conhecida".

A decisão de despedir por "justa causa" Ourmiéres-Widener e Manuel Beja foi anunciada a 6 de março por Fernando Medina, numa conferência de imprensa em que também esteve presente João Galamba, ministro das Infraestruturas. A exoneração aconteceu no seguimento do relatório da Inspeção-Geral de Finanças.

A IGF considerou que o acordo para a saída de Alexandra Reis era nulo e que a indemnização dada à antiga secretária de Estado do Tesouro terá de ser devolvida quase na totalidade.

A ainda presidente executiva da TAP não falou nos dias seguintes à decisão de Fernando Medina, mas acabou por responder ao relatório, acusando a IGF de "comportamento discriminatório", e manifestou "perplexidade" por ter sido a única pessoal envolvida no processo a não ser ouvida.

"Fica devidamente registado este comportamento discriminatório por parte da IGF, relativamente ao qual não deixará de retirar, em devido tempo, todas as consequências legais", disse Christine Ourmiéres-Widener no documento de resposta.

Em consequência da decisão do Governo, Luís Rodrigues será o novo administrador da TAP. Na companhia aérea açoriana será Teresa Gonçalves a ocupar o lugar deixado pelo ainda presidente da SATA.

Fonte: RTP

 

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Cerca de 74 por cento das famílias enfrentam, mensalmente, dificuldades financeiras. Oito por cento encontram-se mesmo em situação crítica. Apresentam dificuldades em pagar todas as despesas ditas essenciais: mobilidade, alimentação, saúde, habitação, lazer e educação.

Os valores são revelados pelo barómetro anual sobre a capacidade financeira das famílias portuguesas, adianta a diretora de comunicação e relações institucionais da DECO Proteste, Rita Rodrigues.

A DECO Proteste também analisou o preço dos alimentos e revela que em fevereiro do ano passado. O valor de um cabaz alimentar custava 185 euros. Este ano, o mesmo cabaz chega aos 222 euros. Está 20 por cento mais caro.

O índice que mede a capacidade financeira das famílias mostra ainda que 2022 atingiu o valor mais baixo desde há cinco anos. Está agora nos 42,1 por cento.

As principais parcelas que geram constrangimentos na gestão orçamental dos consumidores dizem respeito às despesas com o carro – combustíveis, manutenção e seguros (67 por cento), alimentação – carne, peixe e alternativas vegetarianas (59 por cento), férias grandes – viagens e estadias (57 por cento), cuidados dentários (55 por cento) e manutenção da casa – obras, remodelações (54 por cento).

Fonte: RTP

 

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Alguns dias depois do colapso do norte-americano Silicon Valley Bank, que abalou os mercados mundiais, o Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz saúda a reação das autoridades norte-americanas, mas não exclui outros fracassos.

O anúncio surgiu na passada sexta-feira. As autoridades norte-americanas davam como encerrado o Silicon Valley Bank (SVB), o principal banco dos Estados Unidos para startups tecnológicas.

Em entrevista à AFP, publicada esta quarta-feira, Joseph Stiglitz, Nobel da Economia em 2001, afirma que o risco de uma grande crise financeira é “uma das coisas que não se pode prever”.

“Os bancos estão mais saudáveis do que no passado, especialmente em 2008. Tem havido progressos, mas não tanto quanto o necessário. As novas tecnologias estão a facilitar o funcionamento dos bancos”, acrescentou.

Joseph Stiglitz recorda que se “costumava pensar que as contas bancárias eram difíceis de movimentar”. No entanto, atualmente “todos gerem a sua conta bancária através da Internet, é muito mais fácil levantar todo o seu dinheiro e colocá-lo noutro lugar”.

“Antes do colapso do SVB, pouco se discutia sobre como a tecnologia tinha influenciado a probabilidade de corridas a bancos. A estabilidade do sistema financeiro precisa de ser repensada, tendo em conta as novas tecnologias", defendeu.

O Nobel da Economia já tinha afirmado recentemente que o colapso do SVB era “previsível”. Agora, quando questionado sobre a possibilidade de outros grandes bancos passarem pela mesma situação, Joseph Stiglitz é perentório: “O sistema bancário é muito complexo”.

“Há sempre rumores sobre este ou aquele banco ser vulnerável, mas a menos que conheça o seu balanço, as suas exposições e (os resultados dos seus testes de stress), é difícil de verificar”.

Para Stiglitz, “o que é interessante é que não houve comentários negativos sobre os empréstimos do SVB. No passado, na maioria dos bancos, as pessoas queixavam-se da imprudência dos bancos, que tinham feito empréstimos hipotecários mais ou menos fraudulentos. Mas aqui não é um problema de empréstimos, é mais uma assimetria (entre o ativo e o passivo do SVB). E isto pode acontecer em qualquer parte do nosso sistema económico".

O Nobel da Economia relembra que entre quinta-feira e domingo “houve muito stress”. Mas considera que no final “as autoridades reagiram bem, mas muito lentamente”.

Segundo Joseph Stiglitz, “teria sido muito mais fácil se tivessem reagido mais rapidamente, especialmente em termos de garantir que os clientes que tinham depósitos superiores a 250 mil dólares não perderiam o seu dinheiro. A nível macro, isto foi o mais importante. Se as autoridades não o tivessem feito, (havia) a possibilidade de uma enorme crise financeira ou de uma enorme corrida aos bancos demasiado grandes para falir".

“É preciso compreender o grau de ênfase que isto (o atraso das autoridades em reagir) colocou sobre todos os profissionais do sector tecnológico. É um trauma que penso que terá efeitos a longo prazo”.

Dois dias depois do colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, as ações de algumas instituições bancárias mundiais registaram quedas.

O SVB, especializado em empréstimos a empresas de tecnologia, foi encerrado pelo regulador norte-americano e os seus ativos foram apreendidos na passada sexta-feira. Já o Silicon Valley Bank tinha tentado angariar verbas para colmatar uma perda decorrente da venda de ativos afetados por taxas de juro elevadas. A notícia dos problemas levou os clientes ao banco para levantar fundos, o que originou uma crise de liquidez.

No domingo, o regulador norte-americano tomou também em mãos o processo de fecho do Signature Bank, em Nova Iorque, que tinha vários clientes envolvidos em criptomoedas e era visto como a instituição mais vulnerável a uma corrida bancária semelhante.

As duas instituições bancárias eram especializadas em empresas tecnológicas e estavam expostas a ativos cujos valores estavam sob pressão do aumento das taxas de juro, avança a BBC.

O colapso do SVB e do Signature Bank levou a que as ações de bancos nos EUA, Europa e Ásia caíssem, uma vez que os investidores estavam preocupados com o estado geral do sector bancário.

Os investidores estão preocupados que as falhas nos dois bancos sejam um sinal de problemas em outras empresas.

Uma vez que a maioria dos bancos espalha a sua exposição por muitos sectores - e também tem muito dinheiro em caixa -, o pressuposto é que o risco para o resto do sector bancário seja baixo.

Há muito tempo que o Governo Federal dos EUA garante depósitos bancários inferiores a 250 mil dólares. No entanto, as duas instituições bancárias em causa movimentavam valores muito superiores.

O SVB e o Signature Bank tinham um conjunto diferente de clientes.

O Silicon Valley Bank atendia em grande parte a empresas tecnológicas em fase de arranque, enquanto o Signature Bank era um banco comercial centrado em clientes empresariais. Muitas dessas contas tinham montantes superiores a esse nível de 250 mil dólares.

Fonte: RTP

 

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"Muitas felicidades para a escola e para este vosso projeto tão elogiável" Carlos Daniel, jornalista e diretor da RTP