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Rede "non grata"

16.03.23

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A medida repete-se: o TikTok deverá ser também banido dos smartphones dos ministros e funcionários do Governo britânico. Depois de os Estados Unidos e a União Europeia terem restringido o acesso à rede social, agora o Reino Unido está a ponderar proibir a utilização por pessoas próximas do Executivo de Rishi Sunak, por razões de "segurança governamental", avança a imprensa britânica.

A aplicação chinesa tem sido acusada de permitir o acesso das autoridades chinesas aos dados dos utilizadores. A empresa nega tal acusação, mas já vários governos ocidentais começaram a tomar medidas.

Em recente visita aos Estados Unidos, o primeiro-ministro britânico afirmou à imprensa que leva “a sério” a segurança dos dispositivos.

“Também temos visto o que os nossos aliados estão a fazer”, acrescentou.

Já no fim de semana, o Sunday Times revelou que o Governo estaria a ser recomendado por especialistas em cibersegurança a banir o TikTok. E de acordo com a BBC, o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido está a avaliar se a aplicação deve ser mesmo banida dos telefones dos funcionários do Governo.

O Parlamento do Reino Unido fechou a conta do TikTok em agosto de 2022 e a página Downing Street TikTok não é atualizada desde que Boris Johnson deixou o lugar de primeiro-ministro, em setembro passado. Contudo, há membros do atual Governo que ainda usam a aplicação. O secretário de Energia Grant Shapps, por exemplo, atualizou recentemente o perfil da conta pessoal.

Em dezembro os EUA proibiram o TikTok nos dispositivos oficiais e, a 23 de fevereiro deste ano, a Comissão Europeia seguiu o mesmo exemplo. Entretanto, o Governo norte-americano pediu à proprietária do TikTok, a empresa chinesa ByteDance, que venda as suas ações na popular rede social para que não seja banida de vez dos Estados Unidos, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal.

A ligação da aplicação à ByteDance é o que preocupa as autoridades norte-americanas, que temem que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública. O TikTok nega estas intenções, mas as tensões entre os dois países e, recentemente, a passagem de um alegado “balão-espião” chinês sobre os EUA, fizeram regressar os apelos para que a postura norte-americana permaneça firme contra a China.

Segundo fontes do WSJ, o ultimato da Casa Branca foi feito pelo Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), órgão governamental responsável por avaliar os riscos de qualquer investimento estrangeiro para a segurança nacional norte-americana.

A China, por seu lado, tem pedido aos Estados Unidos que parem com os "ataques injustificados" ao TikTok.

Washington, “até agora, não forneceu provas de que o TikTok ameace a segurança nacional dos Estados Unidos”, reagiu quarta-feira um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

“Os Estados Unidos devem parar de espalhar informações falsas sobre questões de segurança de dados, interromper ataques injustificados [contra o TikTok] e fornecer um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório” para empresas estrangeiras.

Apesar dos apelos norte-americanos, para que o TikTok seja vendido a outra empresa, a entidade desvalorizou referindo que isso não ajuda a proteger a segurança nacional norte-americana.

"Se proteger a segurança nacional é o objetivo, o desinvestimento não resolve o problema. Uma mudança de propriedade não vai impor quaisquer novas restrições ao fluxo ou acesso aos dados", disse a porta-voz da TikTok.

"A melhor forma de lidar com as preocupações sobre a segurança nacional é com a proteção transparente, baseada nos EUA, dos dados e sistemas de utilizadores dos EUA, com monitorização, verificação e controlo robustos de terceiros, que já estamos a implementar", acrescentou Maureen Shanahan, citada pelas agências de notícias internacionais, esta quarta-feira.

A declaração surgiu em resposta à reportagem do Wall Street Journal.

No final de fevereiro, a Casa Branca deu a todas as agências federais 30 dias para eliminar a TikTok de todos os dispositivos governamentais. O Departamento de Administração e Orçamento da Casa Branca considerou a diretriz um "passo crítico na abordagem dos riscos apresentados pela aplicação a dados sensíveis do Governo".

Algumas agências governamentais, incluindo os departamentos da Defesa, da Segurança Interna e do Estado, já implementaram restrições.

Fonte: RTP

 

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