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Notícias de Portugal e do Mundo a partir do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina
Christine Ourmiéres-Widener, ainda presidente executiva da TAP, foi notificada de que terá dez dias para falar sobre a sua demissão, anunciada a 6 de março pelo ministro das Finanças, Fernando Medina. Também Manuel Beja terá oportunidade de se pronunciar sobre a saída da companhia aérea.
A notificação foi comunicada pela companhia aérea à CMVM, depois de receber um ofício da Direção-Geral do Tesouro e Finanças sobre a decisão do Estado em despedir tanto Christine Ourmiéres-Widener como Manuel Beja.
De acordo com o comunicado, Widener e Manuel Beja "dispõem do prazo de pronúncia em sede de audiência prévia de dez dias úteis, findos os quais será adotada a decisão final". Depois haverá uma deliberação do Estado sobre o que disserem a presidente executiva e o presidente do Conselho de Administração.
Fernando Medina apontou que "haverá uma assembleia-geral, haverá o pronunciamento dos próprios, haverá nova assembleia-geral, e já está em tempo apontado e do conhecimento de todos quem será o novo CEO da empresa, para que não se gere nenhuma ambiguidade nem nenhum interregno, e a TAP regressará ao normal funcionamento dos seus órgãos de administração muitíssimo em breve, com uma situação que já é conhecida".
A decisão de despedir por "justa causa" Ourmiéres-Widener e Manuel Beja foi anunciada a 6 de março por Fernando Medina, numa conferência de imprensa em que também esteve presente João Galamba, ministro das Infraestruturas. A exoneração aconteceu no seguimento do relatório da Inspeção-Geral de Finanças.
A IGF considerou que o acordo para a saída de Alexandra Reis era nulo e que a indemnização dada à antiga secretária de Estado do Tesouro terá de ser devolvida quase na totalidade.
A ainda presidente executiva da TAP não falou nos dias seguintes à decisão de Fernando Medina, mas acabou por responder ao relatório, acusando a IGF de "comportamento discriminatório", e manifestou "perplexidade" por ter sido a única pessoal envolvida no processo a não ser ouvida.
"Fica devidamente registado este comportamento discriminatório por parte da IGF, relativamente ao qual não deixará de retirar, em devido tempo, todas as consequências legais", disse Christine Ourmiéres-Widener no documento de resposta.
Em consequência da decisão do Governo, Luís Rodrigues será o novo administrador da TAP. Na companhia aérea açoriana será Teresa Gonçalves a ocupar o lugar deixado pelo ainda presidente da SATA.
Fonte: RTP
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